"Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra. 2 Timóteo 3:16-17"

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O ATEISMO É UMA SOLUÇÃO SIMPLISTA




Meu argumento contra Deus era o de que o universo parecia injusto e cruel. No entanto, de onde eu tirara essa ideia de justo e injusto? Um homem não diz que uma linha é torta se não souber o que é uma linha reta. Com o que eu comparava o universo quando o chamava de injusto? Se o espetáculo inteiro era ruim do começo ao fim, como é que eu, fazendo parte dele, podia ter uma reação assim tão violenta? 

Um homem sente o corpo molhado quando entra na água porque não é um animal aquático; um peixe não se sente assim. E claro que eu poderia ter desistido da minha ideia de justiça dizendo que ela não passava de uma ideia particular minha. Se procedesse assim, porém, meu argumento contra Deus também desmoronaria - pois depende da premissa de que o mundo é realmente injusto, e não de que simplesmente não agrada aos meus caprichos pessoais. 

Assim, no próprio ato de tentar provar que Deus não existe - ou, por outra, que a realidade como um todo não tem sentido -, vi-me forçado a admitir que uma parte da realidade - a saber, minha ideia de justiça- tem sentido, sim. Ou seja, o ateísmo é uma solução simplista. Se o universo inteiro não tivesse sentido, nunca perceberíamos que ele não tem sentido - do mesmo modo que, se não existisse luz no universo e as criaturas não tivessem olhos, nunca nos saberíamos imersos na escuridão. A própria palavra escuridão não teria significado.

C. S. Lewis
Cristianismo puro e simples

sábado, 11 de agosto de 2012

Fé reformada




Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.  (Jo 6. 37)

1.     Todo aquele que o pai me dá
Em primeiro lugar vc deve perceber que se vc foi salvo por Cristo, isso só ocorreu pq o Pai te deu a Ele, concedeu, permitiu q vc fosse até Ele... Isso não vem de vc. Neste mesmo cap de João vers 65 temos na sua parte b

“Ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai não lhe foi concedido”
A fé salvívica é algo que vem de Deus...
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. (Ef 2:8)
O que é q não vem de nós? A fé é claro, como já disse ela vem de Deus. Tb lemos em Judas o seguinte:
Então senti que era necessário escrever agora para animá-los a combater a favor da fé que, uma vez por todas, Deus deu ao seu povo (Jd vers 3 b NTLH).
O fato é que vc não escolheu ir até Deus, Deus que o escolheu e o atraiu a Ele. Jesus disse:
Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça (Jo 15. 16 a)

2.     Esse virá a mim
Que coisa linda... Perceba que a escritura não diz: esse talvez venha a mim. Ela garante: “esse virá a mim”.  Isso significa que o chamado de Deus para que os seus se tornem filhos é eficaz... Deus não falha neste chamado. Na sua soberania Deus não poderia falhar em seu chamado, e ainda que o homem seja responsável por todos os seus atos e decisões, em relação aos filhos de Deus o chamado para a salvação destes é indubitavelmente eficaz!
A escritura diz:
Pois quem jamais resistiu sua vontade? (Rm 9. 19b)

A soberania de Deus e a responsabilidade humana são doutrinas bíblicas que devem ser vividas e divulgadas pela igreja, isso é o que em teologia denominamos antinômio (verdades que aparentemente se contradizem)... Não cabe a nós querer conciliá-las na lógica humana a ponto de entendê-las assim como não entendemos logicamente a trindade e a bi-dimensão de Jesus: Deus-homem que tb são antinômios.
O chamado eficaz de Deus a seus filhos pode ser ilustrado pelo chamado de Jesus a Lázaro para que este tornasse a vida. Antes de Jesus ressuscitá-lo ele disse a sua irmã Marta:
Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;
E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto? (Jo 11:25-26)

Aquela ressurreição foi física, mas no presente contexto podemos ilustrar a ressurreição espiritual. Antes de irmos a Cristo estávamos mortos... Um morto não pode ressuscitar a si próprio. Podemos então dizer que já vivemos uma ressurreição pelo menos no âmbito espiritual, veja o Paulo disse aos colossenses:
Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos. (Cl 2:12)
Face ao exposto voltemos à ressurreição de Lázaro... Jesus disse:
Lázaro, sai para fora. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir. (Jo 11:43-44)
Lázaro não hesitou em ir até Cristo, ele simplesmente foi. Sendo morto tornou a vida, isso é chamado eficaz!
3.    E o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora
O que Jesus quis dizer com tais palavras? Ele quis dizer que “uma vez salvo, salvo para sempre”. Isso mesmo, ele diz “de modo nenhum”, é isso que ele diz. Se o cristão “perde” a salvação é pq na verdade ele nunca a teve... Mas vc poderia dizer: O pecado separa o homem de Deus, uma vez que o homem decide pecar deliberadamente isso não poderia fazer com que Jesus o lançasse fora? É claro que sim! Mas se tal homem foi eficazmente chamado por Deus, ainda que peque por acidente, ainda q caia e temporariamente fique preso pelo pecado como foi o caso de Davi, Deus o levantará e tal homem não viverá mais em pecado ou como escravo dele e por isso não poderá ser separado definitivamente de Cristo.
Veja o que Paulo diz aos romanos sobre isto:
Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. (Rm 6:14)
Não é que o pecado talvez não tenha domínio, ele simplesmente não terá domínio sobre os filhos de Deus.
Se virmos em nossas igrejas pessoas escravizadas pelo pecado o que devemos questionar é se houve de fato conversão e não se tais pessoas podem (ou irão) perder a salvação... A escritura não pode falhar no que ela ensina e a respeito da aliança de Deus para com os seus, ela diz que esta aliança é eterna:
E farei com eles uma aliança eterna de não me desviar de fazer-lhes o bem; e porei o meu temor nos seus corações, para que nunca se apartem de mim. (Jr 32:40)
Para que nunca nos apartemos dEle... Não é maravilhoso?

CONCLUSÃO:
Nós, os que fomos salvos, somos eficazmente chamados por Deus para servi-lO e com isso não devemos ter medo de perder nossa salvação (pois isso não é possível), como muitos cristãos que vivem escravizados por tal sentimento. Se viermos um dia a perdê-la efetivamente, a grande verdade é que nunca a tivemos.
De igual modo não devemos nos considerar participantes em nossa salvação, pois esta é pela graça (favor imerecido) mediante a fé, não vem de nós conforme lemos acima na carta de Paulo aos efésios. O homem não poderia ter participação em sua salvação, pois isso traria a ele mérito por tê-la alcançado, pois neste caso não seriamos salvos pela graça e sim como que por uma recompensa por uma decisão correta.
APELO
Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias.

Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?

Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido.

Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste.

E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora.

E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir.

Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele. (João 11:39-45)

Devemos ir aos perdidos, aos “Lázaros” não para ressuscitá-los espiritualmente, pois é Cristo quem o faz... Devemos ir “tirar a pedra” que impedem de os mesmos irem até Jesus ou ainda ajudemos aos tais “desatando-os de suas ataduras” para que eles possam ir por seu caminho depois de ressuscitados...
Sim vamos a todos os homens à procura dos “Lázaros”! Não apenas afirmando que aqueles são responsáveis por suas decisões de ir ou não a Cristo, mas afirmando que Deus em sua soberana vontade chama eficazmente a quem quer...
Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; Os quais não nasceram do sanguenem da vontade da carnenem da vontade do homemmas de Deus. (Jo 1:12-13)
Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição; Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou, Os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? (Rm 9:21-24)


A paz de Cristo



Por Fabiano Tavares!

domingo, 5 de agosto de 2012

MUNDO EM FILIGRANAS



Por Jorge Fernandes Isah

Tenho que uma das coisas na qual os crentes mais negligenciam é a afirmação de Paulo: "Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser" (Rm 8.7). Em outras palavras, Paulo está dizendo o que Tiago diz: "Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Tg 4.4).

Em nome da intelectualidade, tolerância, do politicamente correto, indolência, comodismo, pieguice, e de tantas outras desculpas esfarrapadas, a igreja tem mantido, infelizmente, uma íntima relação com o mundo. O que vale dizer que as trevas ocuparam o lugar que deveria ser da luz, sucumbindo à escuridão completa, na ilusão de que estão a favorecer ou colaborar com a luz. O mundanismo na igreja é como uma peste, um flagelo, uma maldição que se propaga como um vírus letal, o qual consumirá e afasta-la-á do seu propósito: a grande comissão, a obra de proclamação do Evangelho, e a consequente salvação de almas.

Muitos vão taxar-me de fundamentalista (no sentido de reacionário, retrógado, extremista, medieval), mas a própria palavra de Deus afirma que os crentes devem se considerar em constante guerra com o mundo, não se conformarem com ele (Rm 12.2), nem o amarem, pois ao que ama o mundo, o amor do Pai não está nele (1Jo 2.2). Logo, se você quer agradar a Deus sendo obediente aos seus mandamentos, terá de ser reacionário, inflexível, ortodoxo e extremista em defender e viver a Escritura, opondo-se ao pecado. Ou não somos de Deus? Ou não sabemos que o mundo está no maligno? (1Jo 5.10). Não há de se ser condescendente, nem manter-se em uma relação amigável, nem compartilhar qualquer tipo de interesses com aqueles que estão no mundo, os quais são filhos de satanás, e esforçam-se em compartilhar e promover os ideais, princípios e conceitos anti-evangelho de Cristo, que os levarão à morte definitiva, e a quem pactuar com eles. Ouça o que o Senhor nos diz: "Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo" (Jo 17.14), pois "Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia" (Jo 15.19); "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim" (Jo 15.18). O que lhe parece? É possível se enganar? A sentença de Cristo deixa dúvida? Ou será que negligenciamos a Sua advertência fazendo-nos aliados do inimigo, julgando-nos amigos de Deus? "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro" (Mt 6.24). A maior tolice que o crente pode cometer é acreditar que o mundo será sincero, pacífico e justo; antes ele é igual ao seu mentor, o qual "foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira" (Jo 8.44), e "não vem senão a roubar, a matar, e a destruir" (Jo 10.10). Cuidado! Por certo é o que ele deseja ardentemente, e, insistente, não se furtará a usar de todos os meios para lançar-nos em definitivo no abismo.

E tudo o que estiver em disposição de resistir a qualquer dos preceitos bíblicos, os quais Deus decretou como o padrão de vida cristã, representará inimizade para com Ele, ainda que aparente insignificância, e faça-se inofensivo. Você ouve piadas imorais e ri? Não se importa em ser desleal? Nem de falar mal do colega de trabalho ou escola? Já olhou para alguém e sentiu-se superior a ele? Ou desprezou-o por não acompanhar o seu raciocínio?... Não estou a falar de prostituição, adultério, furto, vícios, assassinato, e coisas do gênero, mas dos valores cristãos mais elementares que são desprezados e combatidos diariamente, e pelos quais você não se importa. Falo dos filigranas, dos mais tênues desejos que dividimos com o mundo: orgulho, inveja, vaidade, cobiça, trapaças (que se acalentam de uma forma tão intensa e muitas vezes passam despercebidas), e mais, da sua ordem pedagógica de nos sujeitar ao fim por ele pretendido. O salmista nos adverte: "Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite" (Sl 1.1-2) . O que isso quer dizer? Que o crente não deve:

1) Ouvir o conselho do ímpio.

2) Deter-se em seu caminho, antes afastar-se dele. Se não for possível, deixá-lo passar a galope.

3) Assentar na roda dos escarnecedores, e assim, se fazer e agir como um zombeteiro. O alerta é evidente: manter a distância máxima de tudo o que se refere ao mundo, no sentido daquilo que o mundo tem, produz e doutrina como elementos que o levarão ao pecado e a desobediência. Porém, o crente deve ter prazer na Lei do Senhor, e nela meditar dia e noite, incessantemente. Este é o antídoto para não comungar com o mundo: o temor e reverência a Deus, o deleite e a alegria em se sujeitar à Sua vontade expressa claramente na Lei.

Para muitos é possível ser um crente sem amar a Lei de Deus; e, ultimamente, a igreja tem sido vítima (há casos em que é fomentadora) da idéia de que é possível servir a Cristo odiando a Lei. Mas como o Senhor pode concordar que alguém se intitule Seu filho se odeia e despreza aquilo que criou? É coerente? Não. E demonstra o quão pouco razoável e entendido é quem assim pensa e age à revelia da revelação divina, a qual nos diz que a Lei é espiritual (Rm 7.14), santa, justa e boa (Rm 7.12); o que não significa que seremos capazes de cumpri-la. Cristo fez isso por nós, para nos salvar (Gl 3.13). E a prova de que sou salvo é o amor à Lei (Sl 119.163), e desejar no íntimo cumpri-la, ainda que não o faça completamente. A minha alegria é obedecer a palavra de Deus, e a minha tristeza é não ser capaz de realizá-la, por isso a necessidade de arrepender-me e clamar o perdão divino.

Aparte:[Em Romanos 7, Paulo faz um verdadeiro tratado do domínio da lei sobre o homem. Ele fala de duas leis: a Lei santa e justa que revela o pecado, e pela qual Cristo morreu, e com Ele também morremos para o pecado; e a lei do pecado que "habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem... Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim" (Rm 7.17-18, 20). Ou seja, a Lei que revelou-me o pecado, pelo qual seria condenado, foi pregado na cruz do Calvário por Cristo, que cumpriu-a na carne por mim; o que me tornou livre da condenação da Lei, liberto do seu jugo. Contudo, deve-se anelar o desejo de observa-la, em sujeição à vontade de Deus, como Seu filho, o qual tem de ser santo como é santo o Pai celestial (Lv 20.26).

Por outro lado, o apóstolo aponta a incapacidade de se livrar completamente da lei do pecado, a qual serve-se da nossa carne. É o remanescente da nossa natureza corrupta em conflito com o Espírito que habita em nós, opondo-se um ao outro (Gl 5.17). Desta forma, se não reconheço o meu pecado, como me aceitarei pecador? E como buscarei em Deus a santidade e o perdão? Porém, alguns enganam-se a si mesmos dizendo que não têm pecado (1Jo 1.8), ou desprezam-no como algo irrelevante e, assim, poderiam achar que "tanto faz"; com o seguinte argumento: já que não se está livre do pecado, porque não pecar? Esse é um pensamento ímpio e que nada tem a ver com o legítimo propósito de Deus para os Seus filhos. Mesmo que não realizemos toda a Lei, devemos amá-la e desejar sinceramente obedecê-la, como a expressão da vontade divina aos eleitos] .

Claro que há posições divergentes. Muitos crêem que os cristãos poderão se apropriar daquilo que de bom a cultura, a ciência, a educação seculares podem nos oferecer. Creio ser isso evidente, pois somos beneficiados pela tecnologia, pela medicina, pelos avanços em todas as áreas do conhecimento humano, os quais acontecem apenas e somente pela graça e vontade de Deus. Não vejo o porquê de se rejeitar aquilo que o mundo realiza de bom, e que são dádivas do Criador para os homens (para todos os homens, porque Ele usará ímpios para abençoar os santos e vice-versa). Contudo, há de se ter uma separação do crente com as práticas que afrontam a Deus. Ambientes, programações e interesses que infringem a Lei Moral devem ser abominados e repelidos prontamente (bares, danceterias, e a maioria dos programas de tv, por exemplo).

Infelizmente, muitos cristãos têm se deixado seduzir pelos apelos do mundo e andando segundo o seu curso, segundo o espírito que opera a desobediência nos homens (Ef. 2.2); e, progressivamente têm permitido que o pecado entre em suas vidas e as consuma. O que acaba por transformar muitas igrejas em "parques de diversão" do diabo, onde ele se diverte zombando dos que o consideram inofensivo, dos incautos e estultos que são ludibriados pela perversão que há em seus corações, pela soberba dos seus ceticismos, ou das suas crendices.

Ao considerarem algumas práticas malignas como ingênuas, como fruto da "evolução cultural da humanidade", não se apercebem de que são dominados e tragados pela astúcia do prazer ilícito, pelo desejo obsceno, pela imoralidade e, anestesiados, têm suas mentes e corações cauterizados pelo pecado (a mente que deveria ser de Cristo, ainda continua sendo a mente governada pelo pecado, irregenerada), desprezam a Deus, ainda que tentem se convencer de que O servem, quando são escravos de si mesmos e do maligno.

A Bíblia alerta-nos a não descuidar com o pecado, o qual é sutil e malévolo, e quer sempre nos ver rebelar, nos ver insurgir contra Deus, o que, no final, será a nossa destruição.

E é assim que o mundo quer, que os filigranas sejam tecidos ao nosso redor e nos aprisionem, e, enfim, não restará mais nada além dos grilhões, e o Inferno.